O Rio Branco, que ainda batalha por um lugar ao sol no cenário esportivo do Estado do Rio, é de 5 de novembro de 1912, e sua história apresenta muitas particularidades, uma delas e a primeira, a de ter sido ele um clube fundado por meninos. Celso Linhares, Custódio Barroso dos Santos, Manoel Landin, Fausto Apadi da Cruz Saldanha e Brasil Castilho Leão, foram seus fundadores. Outro detalhe que não pode ser omitido é o que se relaciona com a ligação entre o Rio Branco e o Americano e o mesmo Rio Branco e o Itatiaia. É que, por causa de dissidências, a primeira delas em 1914, surgiu o alvinegro de Parque Tamandaré e, da segunda, anos mais tarde, o Itatiaia, que acabou após uma goleada de 17 a 0, do Americano, e um incêndio em sua sede, onde dava baile, no prédio do antigo Doze Bilhares, na Rua Direita, agora chamada de Bulevar Francisco de Paula Carneiro.
Clube de uma fibra incomum, o Rio Branco já reuniu em torno de si, tempos atrás, a melhor sociedade local e teve em Edite Arenari, sua rainha, a única Miss Campos que um clube de futebol elegeu. O Rio Branco, nos bons tempos, teve torcida feminina, formada pelas irmãs, namoradas e até esposas de seus jogadores. Particularidade que deve ser lembrada é a que se refere à escolha do nome do clube e que foi em homenagem ao Barão do Rio Branco, grande figura da diplomacia brasileira, falecido em fevereiro daquele ano. Também a cor rosa das camisas e da bandeira foi escolhida por Iaiá Linhares, irma de Celso, por causa das maçãs coloridas dos rostos dos fundadores, ainda pequenos. Merece também destaque a doação, pelos campeões de 1928, de suas medalhas de ouro para que o Rio Branco adquirisse a área da Avenida 7 de Setembro, já vendida para que o clube partisse para um empreendimento maior no outro lado do rio Paraíba.
Carino Quitete, em 1972, fazia um relato de sua vida no Rio Branco, contando que o primitivo campo do róseo-negro foi na Rua das Minhocas, hoje Espírito Santo, passando depois para a Rua do Gás, mesmo local em que o Itatiaia teve a sua praça de esportes. A seguir, o Rio Branco se mudou para a Avenida 7 de Setembro, de onde saiu para Guarus. Esse mesmo Rio Branco, certa feita boicotado pela imprensa local, criou o seu próprio jornal, o Róseo-Negro, dirigido por Hélvio Bacelar da Silva.
Pelo Rio Branco passaram alguns dos maiores nome do futebol local, entre os quais Grain, que era surdo-mudo, Zé Germando, Velho Grilo, Floriano Quitete, Carlos Linhares, Paulo Melo, Herval Bacelar, Carino Quitete, Mário Jobel, Pedro Marins, Mário Ramos, que jogou pelo Fluminense, Bahia e Náutico, Gazeta, Alcímaco, Alcides, Zeca, Plínio, 27, Lili, que usava guisos nas chuteiras para espantar, como zagueiro, os atacantes contrários, Ari Sá Viana, Olavo, Aires Borges, Chocolate, Vivi, Nodge Samari, Adi, Argeu Neme, Alu, Dacueca, Birinha, Osvaldino Lima, Gato, Genaro Cardoso, Célio, Andretti, Alvarenga, Castro, Reinaldo, Carabina, Glailson, Jorginho, Roberto, Celme, Pirré, Chuchu, Amaro Matraca, Bragode, Florzinha, Álvaro Linhares, Mário Pinto, Abelardo Melo, Pilarzinho, Geraldo Caveira, Décio Castro (irmão do conhecido advogado Dalton Castro), que jogou no Flamengo, Jota Costa, Joel, Altamir, Dodô Ferreira, que foi campeão juvenil pelo Vasco da Gama, Eleacir, Zé Carlos, Antônio Alexandre, hoje radialista, Figueiredo, Augusto, Rodrigo, Válter Braga, Nilsinho, Humberto, Rafael, Sardinha, Pedro e muitos outros, entre os quais Didi, mais tarde bicampeão do mundo. Nos últimos anos o Rio Branco foi presidido por Osvaldino Lima Ribeiro, Claudionor Alves, Seniltz Gomes da Paixão, Nélson Gomes Azevedo, Pedro Togneri, Benedito Rubens, Carlos Peçanha, João Manoel Pereira, Clóvis Arenari. Atualmente o presidente é Paulo Machado. Outras figuras devem ser lembradas, entre as quais Baldomero Marins, Salvador Marins, o Dodô meu filho, Mário Veloso, José Faez, Álvaro Calomeni, Geraldo Machado e Bernardino Maria Filho, que muito fizeram pelo róseo-negro.
O Rio Branco foi campeão campista nos anos de 17, 28, 29, 31, 49, 58, 61 e 62, somando-se a estes títulos o de campeão invicto da V Taça Cidade de Campos e da IX Taça Cidade de Campos, campeão também invicto do troféu Julião Nogueira, este em 1977, ocasião em que manteve uma invencibilidade de 53 jogos, o que constitui recorde brasileiro. Com a ascensão do Americano e Goytacaz, que passaram a disputar certames mais importantes, o Rio Branco não fez por menos: manteve o elenco profissional e vem tentando, a custa de muito sacrifício, subir para a Divisão Principal do Estado do Rio, disputando de alguns para cá o certame da Terceira Divisão, na qual se sagrou campeão com direito a subir para a Segunda Divisão, onde não se deu bem.
Sua teimosia em se manter firme e forte e até de se agigantar diante dos rivais Americano e Goytacaz, fez com que Clóvis Arenari, então presidente, vendesse a área de 12 mil metros quadrados da Avenida 7 de Setembro e comprasse uma outra de 97 mil metros quadrados no Calabouço, em Guarus. Na ocasião, Clóvis Arenari contou com o apoio de Chaquib Machado Bichara, então presidente do conselho, e seu filho Paulo Machado, mais tarde presidente. A nova área, no valor de Cr$ 3.700.000 foi adquirida a 6 de janeiro de 1978.
Lá, só Deus sabe como, e com base num projeto elaborado pelos arquitetos Rita de Cássia Pires Gomes, José Lauro Saraiva e Gílson Azevedo, o Rio Branco deu início às obras, primeiro construindo os alicerces e depois levantando as paredes e até colocando o teto na nova sede social. Do projeto constam outros benefícios, como ginásio, parque aquático, sauna, campo de futebol com dimensões oficiais cercado por uma pista de atletismo e, logicamente, pelas enormes arquibancadas para um mínimo de 60 mil torcedores.
Na época, quando apresentou a planta aos conselheiros e associados, num coquetel na sede antiga do Saldanha da Gama, o presidente Clóvis Arenari dizia que a obra teria que ser feita por etapas, pela sua suntuosidade e pelo seu elevado custo, previsto para Cr$ 120.000.000. Clóvis Arenari ainda anunciava que a idéia do estádio se baseava no Alacid Nunes e Mineirão, para ele os mais bonitos do Brasil. Tal empreendimento, no entanto, não foi à frente na gestão do ex-presidente "porque - aduziu Clóvis Arenari - o Rio Branco jamais conseguiu o apoio do Governo".
O Rio Branco, apesar de tantos problemas, se considera um clube viável no interior fluminense, conforme matéria especial publicada pela Folha da Manhã de 14 de outubro de 1984, na qual o presidente Paulo Machado dizia, em meio ao clima de euforia pela conquista do título estadual da Terceira Divisão - ou pela felicidade de subir para a Segunda Divisão - que o Rio Branco é o clube do futuro, graças à área que adquiriu em Guarus e ao projeto já titulado de "Rio Branco - 2.000".
"O presidente - dizia a Folha da Manhã - não gostava muito de dar detalhes desse projeto - aliás, nem pensava lançá-lo agora - mas afirma que uma empresa se responsabilizará por promoções, vendas de títulos de sócio-proprietário, de modo a levantar os recursos que o clube vai precisar para construir, primeiro, a sua parte social. O Rio Branco também tem projetado um estádio com capacidade para 60 mil pessoas, mas isso não é mais urgente do que a parte social. Importante para o futebol são instalaçõe mínimas - um campo, vestiários e pouco mais - para que possa disputar os certames estaduais".
Esse Rio Branco, que doou o cantinho de sua enorme área ao Governo do Estado do Rio, para a construção do Centro Integrado de Educação Popular, também chamado de Brizolão, admite, segundo Paulo Machado, que a movimentação de mil crianças junto ao clube pode representar a segurança no futuro da agremiação róseo-negra.
A mesma Folha da Manhã de 14 de outubro de 1984, publicava outra matéria, relativa à campanha do clube no Estadual da 3ª Divisão:
"Para classificar-se à 2ª Divisão, não numa classificação simples, mas conquistando o título de campeão da 3ª Divisão em 1984, o Rio Branco cumpriu uma jornada de altos e baixos, mas com um destaque muito especial: na hora que tinha de ganhar, não perdeu mais nenhum jogo, demonstrando ser um time de chegada, como preferem os torcedores. Quando restavam cinco jogos para terminar o campeonato, o Rio Branco ocupava as últimas colocações e não poderia perder um único jogo. Realmente não perdeu, a ponto de chegar a última partida precisando de um empate, em função da queda dos que perseguiam a classificação mais de perto.
Depois de disputar a 3ª Divisão dois anos seguidos, sempre com boa campanha, mas impedido de alcançar a promoção por força de regulamentos e deliberações, o Rio Branco decidiu que em 1984 sua ascensão à 2ª Divisão teria que ser sem contestações. Como campeão não há ninguém capaz de lhe tirar o direito de disputar um novo campeonato sem depender de nenhum favor, nem de empurrão político".
A mesma Folha da Manhã, na seqüência da tal matéria, dizia que "o Rio Branco disputou 20 jogos, conseguiu dez vitórias, foi derrotado cinco vezes e empatou outras cinco. Nos primeiros 15 jogos, o saldo de vitórias era baixo: apenas cinco contra cinco empates e cinco derrotas. Mas, engrenando na hora certa, ganhou os últimos cinco jogos, sendo as vitórias mais expressivas conquistadas longe da torcida: 3 a 0 contra o Royal, em Barra do Piraí, e 5 a 3, em São João de Meriti, contra o Tomazinho, o jogo que valeu o título".
Para chegar ao título e, conseqüentemente à 2ª Divisão, o Rio Branco contou com a dedicação do Vice-Presidente Ramildo Rangel, dos diretores José Carlos dos Santos Azevedo e Edward Ferreira, do assessor Jarecil Ribeiro de Melo, do preparador-físico Sérgio Victor Barbosa Meneses, do médico Luís Antônio Fernando Petrucci, do supervisor Alamir Figueiredo e do técnico Raul Arenari. Do elenco, finalmente, fizeram parte os jogadores Zilmar, Charuto, Fumacinha, Didico, Guilherme, Cacholinha, Caneco, Zé Neto, Chita, Gílson, Vanderlei, Veludo, Veiga, Wilsinho, Pardal, Pontixeli, Nélson, Zé Antônio, Marcos Firmino, Guilherme II, Anselmo, Arroz e Vanildo.
Aqui e agora os resultados do Rio Branco na campanha vitoriosa de 1983, quando conquistou o título estadual da Terceira Divisão:
Rio Branco 0x1 Porto Alegre, Rio Branco 1x0 Miguel Couto, Rio Branco 2x2 Heliópolis, Rio Branco 0x1 Nova cidade, Rio Branco 1x1 Rio das Ostras, Rio Branco 1x0 Porto Alegre, Rio Branco 0x0 Miguel Couto, Rio Branco 1x0 Heliópolis, Rio Branco 1x0 Nova cidade, Rio Branco 2x2 Rio das Ostras,
Rio Branco 1x2 Volantes, Rio Branco 1x2 Tomazinho, Rio Branco 0x0 Nova cidade, Rio Branco 2x1 Rio das Ostras, Rio Branco 1x2 Roial, Rio Branco 1x0 Volantes, Rio Branco 3x0 Roial, Rio Branco 1x0 Nova cidade, Rio Branco 2x1 Rio das Ostras e Rio Branco 5x3 Tomazinho.
Clube de uma fibra incomum, o Rio Branco já reuniu em torno de si, tempos atrás, a melhor sociedade local e teve em Edite Arenari, sua rainha, a única Miss Campos que um clube de futebol elegeu. O Rio Branco, nos bons tempos, teve torcida feminina, formada pelas irmãs, namoradas e até esposas de seus jogadores. Particularidade que deve ser lembrada é a que se refere à escolha do nome do clube e que foi em homenagem ao Barão do Rio Branco, grande figura da diplomacia brasileira, falecido em fevereiro daquele ano. Também a cor rosa das camisas e da bandeira foi escolhida por Iaiá Linhares, irma de Celso, por causa das maçãs coloridas dos rostos dos fundadores, ainda pequenos. Merece também destaque a doação, pelos campeões de 1928, de suas medalhas de ouro para que o Rio Branco adquirisse a área da Avenida 7 de Setembro, já vendida para que o clube partisse para um empreendimento maior no outro lado do rio Paraíba.
Carino Quitete, em 1972, fazia um relato de sua vida no Rio Branco, contando que o primitivo campo do róseo-negro foi na Rua das Minhocas, hoje Espírito Santo, passando depois para a Rua do Gás, mesmo local em que o Itatiaia teve a sua praça de esportes. A seguir, o Rio Branco se mudou para a Avenida 7 de Setembro, de onde saiu para Guarus. Esse mesmo Rio Branco, certa feita boicotado pela imprensa local, criou o seu próprio jornal, o Róseo-Negro, dirigido por Hélvio Bacelar da Silva.
Pelo Rio Branco passaram alguns dos maiores nome do futebol local, entre os quais Grain, que era surdo-mudo, Zé Germando, Velho Grilo, Floriano Quitete, Carlos Linhares, Paulo Melo, Herval Bacelar, Carino Quitete, Mário Jobel, Pedro Marins, Mário Ramos, que jogou pelo Fluminense, Bahia e Náutico, Gazeta, Alcímaco, Alcides, Zeca, Plínio, 27, Lili, que usava guisos nas chuteiras para espantar, como zagueiro, os atacantes contrários, Ari Sá Viana, Olavo, Aires Borges, Chocolate, Vivi, Nodge Samari, Adi, Argeu Neme, Alu, Dacueca, Birinha, Osvaldino Lima, Gato, Genaro Cardoso, Célio, Andretti, Alvarenga, Castro, Reinaldo, Carabina, Glailson, Jorginho, Roberto, Celme, Pirré, Chuchu, Amaro Matraca, Bragode, Florzinha, Álvaro Linhares, Mário Pinto, Abelardo Melo, Pilarzinho, Geraldo Caveira, Décio Castro (irmão do conhecido advogado Dalton Castro), que jogou no Flamengo, Jota Costa, Joel, Altamir, Dodô Ferreira, que foi campeão juvenil pelo Vasco da Gama, Eleacir, Zé Carlos, Antônio Alexandre, hoje radialista, Figueiredo, Augusto, Rodrigo, Válter Braga, Nilsinho, Humberto, Rafael, Sardinha, Pedro e muitos outros, entre os quais Didi, mais tarde bicampeão do mundo. Nos últimos anos o Rio Branco foi presidido por Osvaldino Lima Ribeiro, Claudionor Alves, Seniltz Gomes da Paixão, Nélson Gomes Azevedo, Pedro Togneri, Benedito Rubens, Carlos Peçanha, João Manoel Pereira, Clóvis Arenari. Atualmente o presidente é Paulo Machado. Outras figuras devem ser lembradas, entre as quais Baldomero Marins, Salvador Marins, o Dodô meu filho, Mário Veloso, José Faez, Álvaro Calomeni, Geraldo Machado e Bernardino Maria Filho, que muito fizeram pelo róseo-negro.
O Rio Branco foi campeão campista nos anos de 17, 28, 29, 31, 49, 58, 61 e 62, somando-se a estes títulos o de campeão invicto da V Taça Cidade de Campos e da IX Taça Cidade de Campos, campeão também invicto do troféu Julião Nogueira, este em 1977, ocasião em que manteve uma invencibilidade de 53 jogos, o que constitui recorde brasileiro. Com a ascensão do Americano e Goytacaz, que passaram a disputar certames mais importantes, o Rio Branco não fez por menos: manteve o elenco profissional e vem tentando, a custa de muito sacrifício, subir para a Divisão Principal do Estado do Rio, disputando de alguns para cá o certame da Terceira Divisão, na qual se sagrou campeão com direito a subir para a Segunda Divisão, onde não se deu bem.
Sua teimosia em se manter firme e forte e até de se agigantar diante dos rivais Americano e Goytacaz, fez com que Clóvis Arenari, então presidente, vendesse a área de 12 mil metros quadrados da Avenida 7 de Setembro e comprasse uma outra de 97 mil metros quadrados no Calabouço, em Guarus. Na ocasião, Clóvis Arenari contou com o apoio de Chaquib Machado Bichara, então presidente do conselho, e seu filho Paulo Machado, mais tarde presidente. A nova área, no valor de Cr$ 3.700.000 foi adquirida a 6 de janeiro de 1978.
Lá, só Deus sabe como, e com base num projeto elaborado pelos arquitetos Rita de Cássia Pires Gomes, José Lauro Saraiva e Gílson Azevedo, o Rio Branco deu início às obras, primeiro construindo os alicerces e depois levantando as paredes e até colocando o teto na nova sede social. Do projeto constam outros benefícios, como ginásio, parque aquático, sauna, campo de futebol com dimensões oficiais cercado por uma pista de atletismo e, logicamente, pelas enormes arquibancadas para um mínimo de 60 mil torcedores.
Na época, quando apresentou a planta aos conselheiros e associados, num coquetel na sede antiga do Saldanha da Gama, o presidente Clóvis Arenari dizia que a obra teria que ser feita por etapas, pela sua suntuosidade e pelo seu elevado custo, previsto para Cr$ 120.000.000. Clóvis Arenari ainda anunciava que a idéia do estádio se baseava no Alacid Nunes e Mineirão, para ele os mais bonitos do Brasil. Tal empreendimento, no entanto, não foi à frente na gestão do ex-presidente "porque - aduziu Clóvis Arenari - o Rio Branco jamais conseguiu o apoio do Governo".
O Rio Branco, apesar de tantos problemas, se considera um clube viável no interior fluminense, conforme matéria especial publicada pela Folha da Manhã de 14 de outubro de 1984, na qual o presidente Paulo Machado dizia, em meio ao clima de euforia pela conquista do título estadual da Terceira Divisão - ou pela felicidade de subir para a Segunda Divisão - que o Rio Branco é o clube do futuro, graças à área que adquiriu em Guarus e ao projeto já titulado de "Rio Branco - 2.000".
"O presidente - dizia a Folha da Manhã - não gostava muito de dar detalhes desse projeto - aliás, nem pensava lançá-lo agora - mas afirma que uma empresa se responsabilizará por promoções, vendas de títulos de sócio-proprietário, de modo a levantar os recursos que o clube vai precisar para construir, primeiro, a sua parte social. O Rio Branco também tem projetado um estádio com capacidade para 60 mil pessoas, mas isso não é mais urgente do que a parte social. Importante para o futebol são instalaçõe mínimas - um campo, vestiários e pouco mais - para que possa disputar os certames estaduais".
Esse Rio Branco, que doou o cantinho de sua enorme área ao Governo do Estado do Rio, para a construção do Centro Integrado de Educação Popular, também chamado de Brizolão, admite, segundo Paulo Machado, que a movimentação de mil crianças junto ao clube pode representar a segurança no futuro da agremiação róseo-negra.
A mesma Folha da Manhã de 14 de outubro de 1984, publicava outra matéria, relativa à campanha do clube no Estadual da 3ª Divisão:
"Para classificar-se à 2ª Divisão, não numa classificação simples, mas conquistando o título de campeão da 3ª Divisão em 1984, o Rio Branco cumpriu uma jornada de altos e baixos, mas com um destaque muito especial: na hora que tinha de ganhar, não perdeu mais nenhum jogo, demonstrando ser um time de chegada, como preferem os torcedores. Quando restavam cinco jogos para terminar o campeonato, o Rio Branco ocupava as últimas colocações e não poderia perder um único jogo. Realmente não perdeu, a ponto de chegar a última partida precisando de um empate, em função da queda dos que perseguiam a classificação mais de perto.
Depois de disputar a 3ª Divisão dois anos seguidos, sempre com boa campanha, mas impedido de alcançar a promoção por força de regulamentos e deliberações, o Rio Branco decidiu que em 1984 sua ascensão à 2ª Divisão teria que ser sem contestações. Como campeão não há ninguém capaz de lhe tirar o direito de disputar um novo campeonato sem depender de nenhum favor, nem de empurrão político".
A mesma Folha da Manhã, na seqüência da tal matéria, dizia que "o Rio Branco disputou 20 jogos, conseguiu dez vitórias, foi derrotado cinco vezes e empatou outras cinco. Nos primeiros 15 jogos, o saldo de vitórias era baixo: apenas cinco contra cinco empates e cinco derrotas. Mas, engrenando na hora certa, ganhou os últimos cinco jogos, sendo as vitórias mais expressivas conquistadas longe da torcida: 3 a 0 contra o Royal, em Barra do Piraí, e 5 a 3, em São João de Meriti, contra o Tomazinho, o jogo que valeu o título".
Para chegar ao título e, conseqüentemente à 2ª Divisão, o Rio Branco contou com a dedicação do Vice-Presidente Ramildo Rangel, dos diretores José Carlos dos Santos Azevedo e Edward Ferreira, do assessor Jarecil Ribeiro de Melo, do preparador-físico Sérgio Victor Barbosa Meneses, do médico Luís Antônio Fernando Petrucci, do supervisor Alamir Figueiredo e do técnico Raul Arenari. Do elenco, finalmente, fizeram parte os jogadores Zilmar, Charuto, Fumacinha, Didico, Guilherme, Cacholinha, Caneco, Zé Neto, Chita, Gílson, Vanderlei, Veludo, Veiga, Wilsinho, Pardal, Pontixeli, Nélson, Zé Antônio, Marcos Firmino, Guilherme II, Anselmo, Arroz e Vanildo.
Aqui e agora os resultados do Rio Branco na campanha vitoriosa de 1983, quando conquistou o título estadual da Terceira Divisão:
Rio Branco 0x1 Porto Alegre, Rio Branco 1x0 Miguel Couto, Rio Branco 2x2 Heliópolis, Rio Branco 0x1 Nova cidade, Rio Branco 1x1 Rio das Ostras, Rio Branco 1x0 Porto Alegre, Rio Branco 0x0 Miguel Couto, Rio Branco 1x0 Heliópolis, Rio Branco 1x0 Nova cidade, Rio Branco 2x2 Rio das Ostras,
Rio Branco 1x2 Volantes, Rio Branco 1x2 Tomazinho, Rio Branco 0x0 Nova cidade, Rio Branco 2x1 Rio das Ostras, Rio Branco 1x2 Roial, Rio Branco 1x0 Volantes, Rio Branco 3x0 Roial, Rio Branco 1x0 Nova cidade, Rio Branco 2x1 Rio das Ostras e Rio Branco 5x3 Tomazinho.
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