Dos clubes chamados de usina, o Paraíso Futebol Clube é o mais antigo, pois surgiu a 17 de julho de 1917, no Distrito de Tócos. Sua fundação se deveu ao empenho de figuras ligadas à indústria do açúcar e, particularmente, à Usina Paraíso, cuja sede dista 21 quilômetros da zona urbana de Campos.
Nesse dia, já bem distante, houve uma reunião da qual participaram José Manhães, Miguel Rivaldi, Amaro Monteiro, Manoel Monteiro, Domingos Monteiro, Helvécio Peixoto e Ezequiel Manhães da Silva, que logo escolheram Miguel Rivaldi para presidente. O primeiro time que o Paraíso colocou em campo contou com Chico; Vavá e Arlindo; Domingos, Amaro e Tiuga; João Falcão, José Manhães, Maninho, Helvécio e Bem.
Os mais antigos contam que, uma vez fundado o clube de Tócos, seus dirigentes procuraram a direção da usina para dar ciência da fundação do Paraíso e pedir ajuda, o que conseguiram com a doação de grande área, em cujo local foi construído o primeiro campo, mais tarde ocupado pelo Grupo Escolar Almirante Barroso. Anos depois, ainda em terrenos da usina, o Paraíso ganhou nova área, onde se encontra, no prolongamento da Avenida Guilherme Morisson, e em cuja praça de esportes, além do gramado de tamanho oficial e balizas em ferro redondo, existem o aramado e, em volta, para fazer sombra, enormes pés de eucaliptos. Do seu campo constam, ainda, vestiários azulejados para os dois times e para os juízes, bem como três túneis que ligam os mesmos vestiários ao gramado. As suas sociais agasalham também o dormitório para os jogadores, cabines para rádios e uma pequena tribuna, onde, em dias de grandes jogos e em cadeiras de palhinha, a cúpula da usina se senta para festejar as vitórias do time local. Esse estádio já se chamou Roberto Codray e mais tarde passou a ser o Estádio Benedito Silveira Coutinho.
Segundo os jornais campistas A Notícia e Monitor Campista a inauguração da praça de esportes do Paraíso se deu no dia 17 de agosto de 1958, quando jogou e venceu o Goytacaz por 1 a 0, gol de Diniz, aos 7 minutos do segundo tempo. Esse jogo, assistido por mais de mil pessoas, a maioria empregados da usina e suas mulheres e filhos, valeu pelo Campeonato Campista daquele ano, no qual o time local se apresentou com Paulo; Votinha e Carlinhos; Zequinha, Nilo e Cidoreco; Touquinho, Diniz, Osvaldo, Ênio e Basílio. O Goytacaz, derrotado, para enorme alegria da família toquense, que à noite promoveu festa desde a Casa Grande da usina até o lar mais humilde do lugar, se apresentou com Rodoval; Osvaldino e Pereira; Orioval, Rubinho e Sardinha; Roberto, Jarbas, Carlos Augusto e Jorginho.
Apesar de não ter conseguido um único título de campeão campista - em 58 e 76 ele foi vice-campeão - o Paraíso sempre contou com muitos bons jogadores, entre os quais Manoel Monteiro, Helvécio, Osmário Soares, Nilo, Diniz, Devaldo, Cidoreco, Basílio, Odir, Lulu, Carioca, Bau, Niniu e muitos outros. O clube muito deve ao industrial Geraldo Silveira Coutinho e a Osvaldo Gomes, um incansável na luta em favor do seu clube. Presidiram o Paraíso, desde sua fundação, Helvécio Moreira Peixoto, pai de Hélvio, que foi do Fluminense e Santos, e Helvécio, que jogou no São Cristóvão, Clodomiro Prudêncio dos Santos, José Manhães, Amaro Martins, Jorge Rodrigues, Francisco Alves Siqueira, José Pessanha de Lima, Osvaldo Rodrigues Nascimento, Rodolfo Grain, Dermeval dos Santos, Carlos Alberto Alvim, Hervândio Ribeiro Machado, Amaro Antônio dos Santos, Liberato Nunes, Osvaldo Rodrigues Nascimento e Jorge Tâmega.
O Jornal dos Sports do dia Quinze de Novembro de 1975 publicava matéria dando conta de que o Paraíso havia derrotado o Goytacaz por 2 a 1, no Estádio Godofredo Cruz, e com isso conquistado o título do Torneio Otávio Pinto Guimarães. Da matéria constavam, ainda, a renda de Cr$ 12.000,00, o nome do juiz, Nicodemus Vidal e a ordem dos gols: Macedo fez 1 a 0, Aílson marcou o segundo e Tuquinha, já no segundo tempo, para o Goytacaz. O jogo foi cheio de catimba e contou com as expulsões de Pontixeli, Paulo Marcos e Zair. Para completar, o jornal carioca apresentou as equipes, com o Paraíso contando com Joelson; Robson, Joézio, Niniu e Clóvis (Carlos Alberto); Carlinhos, Valmir (Balula) e Aílson; Silvinho, Jorginho e Macedo, e o Goytacaz com Juvenal; Nad (Wílson), Paulo Marcos, Beraldi e Júlio César; Ricardo Batata, Pontixeli e Naldo; Zair, Tuquinha e Piscina (Jocimar). Desse torneio também participaram Rio Branco e Cambaíba e a decisão se deu em dois jogos extras, o primeiro dos quais terminou igual em 0 a 0.
No dia 28 de fevereiro de 1976, o mesmo Jornal dos Sports escrevia que "reagindo nos últimos instantes do jogo bastante corrido, o Paraíso, que perdia de 1 a 0 para o Rio Branco, acabou vencendo-o por 2 a 1 e, com isso, conquistou o título do Torneio Roberto D'Affonseca Monteiro. Arroz, aos 12 minutos para o róseo-negro; Balula, aos 42 e Robson, aos 46 minutos, todos no segundo tempo, foram os autores dos gols. Contra Zenílton Costa dos Santos, o juiz, os riobranquenses reclamaram a não marcação de um pênalti quando o placar era de 1 a 0. A rodada final do torneio, que reuniu esses dois clubes mais o Campos e o Sapucaia, foi disputada anteontem à noite, no Estádio Ângelo de Carvalho. No primeiro jogo da noite, o Campos derrotou o Sapucaia por 2 a 0, gols de Zé Neto e Zé Antônio. O Paraíso, campeão, jogou com Joelson; Robson, Niniu, Joésio e Clóvis (Carlos Alberto); Carlinhos (Balula), Valmir e Aílson (Bangazal); Silvinho, Jorginho e Macedo, e o Rio Branco com Oliveira; Carlinhos, Índio, Edalmo e Abud; Divaldo, Armando e Joelson; Arroz, Jorginho e Pedro.
Nesse dia, já bem distante, houve uma reunião da qual participaram José Manhães, Miguel Rivaldi, Amaro Monteiro, Manoel Monteiro, Domingos Monteiro, Helvécio Peixoto e Ezequiel Manhães da Silva, que logo escolheram Miguel Rivaldi para presidente. O primeiro time que o Paraíso colocou em campo contou com Chico; Vavá e Arlindo; Domingos, Amaro e Tiuga; João Falcão, José Manhães, Maninho, Helvécio e Bem.
Os mais antigos contam que, uma vez fundado o clube de Tócos, seus dirigentes procuraram a direção da usina para dar ciência da fundação do Paraíso e pedir ajuda, o que conseguiram com a doação de grande área, em cujo local foi construído o primeiro campo, mais tarde ocupado pelo Grupo Escolar Almirante Barroso. Anos depois, ainda em terrenos da usina, o Paraíso ganhou nova área, onde se encontra, no prolongamento da Avenida Guilherme Morisson, e em cuja praça de esportes, além do gramado de tamanho oficial e balizas em ferro redondo, existem o aramado e, em volta, para fazer sombra, enormes pés de eucaliptos. Do seu campo constam, ainda, vestiários azulejados para os dois times e para os juízes, bem como três túneis que ligam os mesmos vestiários ao gramado. As suas sociais agasalham também o dormitório para os jogadores, cabines para rádios e uma pequena tribuna, onde, em dias de grandes jogos e em cadeiras de palhinha, a cúpula da usina se senta para festejar as vitórias do time local. Esse estádio já se chamou Roberto Codray e mais tarde passou a ser o Estádio Benedito Silveira Coutinho.
Segundo os jornais campistas A Notícia e Monitor Campista a inauguração da praça de esportes do Paraíso se deu no dia 17 de agosto de 1958, quando jogou e venceu o Goytacaz por 1 a 0, gol de Diniz, aos 7 minutos do segundo tempo. Esse jogo, assistido por mais de mil pessoas, a maioria empregados da usina e suas mulheres e filhos, valeu pelo Campeonato Campista daquele ano, no qual o time local se apresentou com Paulo; Votinha e Carlinhos; Zequinha, Nilo e Cidoreco; Touquinho, Diniz, Osvaldo, Ênio e Basílio. O Goytacaz, derrotado, para enorme alegria da família toquense, que à noite promoveu festa desde a Casa Grande da usina até o lar mais humilde do lugar, se apresentou com Rodoval; Osvaldino e Pereira; Orioval, Rubinho e Sardinha; Roberto, Jarbas, Carlos Augusto e Jorginho.
Apesar de não ter conseguido um único título de campeão campista - em 58 e 76 ele foi vice-campeão - o Paraíso sempre contou com muitos bons jogadores, entre os quais Manoel Monteiro, Helvécio, Osmário Soares, Nilo, Diniz, Devaldo, Cidoreco, Basílio, Odir, Lulu, Carioca, Bau, Niniu e muitos outros. O clube muito deve ao industrial Geraldo Silveira Coutinho e a Osvaldo Gomes, um incansável na luta em favor do seu clube. Presidiram o Paraíso, desde sua fundação, Helvécio Moreira Peixoto, pai de Hélvio, que foi do Fluminense e Santos, e Helvécio, que jogou no São Cristóvão, Clodomiro Prudêncio dos Santos, José Manhães, Amaro Martins, Jorge Rodrigues, Francisco Alves Siqueira, José Pessanha de Lima, Osvaldo Rodrigues Nascimento, Rodolfo Grain, Dermeval dos Santos, Carlos Alberto Alvim, Hervândio Ribeiro Machado, Amaro Antônio dos Santos, Liberato Nunes, Osvaldo Rodrigues Nascimento e Jorge Tâmega.
O Jornal dos Sports do dia Quinze de Novembro de 1975 publicava matéria dando conta de que o Paraíso havia derrotado o Goytacaz por 2 a 1, no Estádio Godofredo Cruz, e com isso conquistado o título do Torneio Otávio Pinto Guimarães. Da matéria constavam, ainda, a renda de Cr$ 12.000,00, o nome do juiz, Nicodemus Vidal e a ordem dos gols: Macedo fez 1 a 0, Aílson marcou o segundo e Tuquinha, já no segundo tempo, para o Goytacaz. O jogo foi cheio de catimba e contou com as expulsões de Pontixeli, Paulo Marcos e Zair. Para completar, o jornal carioca apresentou as equipes, com o Paraíso contando com Joelson; Robson, Joézio, Niniu e Clóvis (Carlos Alberto); Carlinhos, Valmir (Balula) e Aílson; Silvinho, Jorginho e Macedo, e o Goytacaz com Juvenal; Nad (Wílson), Paulo Marcos, Beraldi e Júlio César; Ricardo Batata, Pontixeli e Naldo; Zair, Tuquinha e Piscina (Jocimar). Desse torneio também participaram Rio Branco e Cambaíba e a decisão se deu em dois jogos extras, o primeiro dos quais terminou igual em 0 a 0.
No dia 28 de fevereiro de 1976, o mesmo Jornal dos Sports escrevia que "reagindo nos últimos instantes do jogo bastante corrido, o Paraíso, que perdia de 1 a 0 para o Rio Branco, acabou vencendo-o por 2 a 1 e, com isso, conquistou o título do Torneio Roberto D'Affonseca Monteiro. Arroz, aos 12 minutos para o róseo-negro; Balula, aos 42 e Robson, aos 46 minutos, todos no segundo tempo, foram os autores dos gols. Contra Zenílton Costa dos Santos, o juiz, os riobranquenses reclamaram a não marcação de um pênalti quando o placar era de 1 a 0. A rodada final do torneio, que reuniu esses dois clubes mais o Campos e o Sapucaia, foi disputada anteontem à noite, no Estádio Ângelo de Carvalho. No primeiro jogo da noite, o Campos derrotou o Sapucaia por 2 a 0, gols de Zé Neto e Zé Antônio. O Paraíso, campeão, jogou com Joelson; Robson, Niniu, Joésio e Clóvis (Carlos Alberto); Carlinhos (Balula), Valmir e Aílson (Bangazal); Silvinho, Jorginho e Macedo, e o Rio Branco com Oliveira; Carlinhos, Índio, Edalmo e Abud; Divaldo, Armando e Joelson; Arroz, Jorginho e Pedro.
4 comentários:
Bom noite amigos, fiquei emocionado em ler a materia, pois meu pai (chico), fez parte do Paraíso, e ler o nome dele incluido em das escalações, é muito emocionande, há mais de 20 anos não vivo mais em Tócos, mas minha mãe e meus irmão ainda residem por lá, aproveito a ocasião para parabenizar a iniciativa, de ilustrar a Histório daquele Bairro, e das pessoas que viveram e que vivem...
Parabéns ao autor.
Sou campista de Tocos e moro há muito anos (41)na cidade de Franca SP. Sempre busco alguma noticia da terra querida e para minha surpresa encontrei notícias do meu time querido o Paraiso. Creio que o estádio de futebol fora reinaugurado na data que vc comenta (1958). A inauguração se deu em tempos atrás. Digo isso pois no dia em que o Brasil venceu a França na Copa do Mundo de 1958na Sécia por 5x2 eu estava no campo treinando na equipe infantil do Paraiso. Lá tb vi jogar contra os grandes da cidade, jogadores como Periá, Benejan, Xereta, Orel goleiro (frangueiro),Sereia, Nel e muitos outros. Vou ficando por aqui. No verão de 2012 estarei visitando os meus familiares aí na terrinha. Meu pai Dario e grande amigos que por lá deixei. Parabéns!
Duba
Parabéns ao autor.
Sou campista de Tocos e moro há muito anos (41)na cidade de Franca SP. Sempre busco alguma noticia da terra querida e para minha surpresa encontrei notícias do meu time querido o Paraiso. Creio que o estádio de futebol fora reinaugurado na data que vc comenta (1958). A inauguração se deu em tempos atrás. Digo isso pois no dia em que o Brasil venceu a França na Copa do Mundo de 1958na Sécia por 5x2 eu estava no campo treinando na equipe infantil do Paraiso. Lá tb vi jogar contra os grandes da cidade, jogadores como Periá, Benejan, Xereta, Orel goleiro (frangueiro),Sereia, Nel e muitos outros. Vou ficando por aqui. No verão de 2012 estarei visitando os meus familiares aí na terrinha. Meu pai Dario e grande amigos que por lá deixei. Parabéns!
Duba
Fico felz quando ouço falar de
Tocos,saí de lá no ano de 1965 mas não esqueço .no futebol lembro-me de todos esss craques mencionados ,ainda não ví um beque[zaguero]igual ao NILO ,mas ví outros nascidos em TOCOS que foram craques também. o estádio do PARAISO F.C,é o único entre muitos que conheço que possui tres túneis,[o time da casa,o visitante e os juízes ,pelo menos em CAMPOS é o único . só alegria.ALMIR.
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